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Na foto, da esquerda para a direita: Oscar Pistorios; Lance Armstrong e Aurélio Miguel |
Os heróis servem para que nos comparemos com suas vidas
“revolucionárias”, dando a impressão que recebemos ouro em vez de merda.
Por Diego Calvo
Foto Montagem
O corredor Oscar Pistorios, garoto propaganda quando o
assunto é força e superação, está vendo suas conquistas serem deixadas de lado
por conta de sua vida particular.
Aos poucos vamos vendo que os heróis do esporte, permanecem
heróis, no tempo necessário para que sua imagem imaculada sucumba diante de
suas características de “psicopatia competitiva”.
Digo isso não só porque o cara matou a namorada, mas, na
casa de Pistorios, a polícia encontrou esteroides droga que aumento a
performance do atleta e que é proibida no esporte.
As pessoas comuns transformam uma deficiência física, ou uma
doença devastadora, de algum atleta, em estandarte para seguir suas vidinhas
pacatas em frente: “Pistorios não tem as pernas e é medalhista olímpico, e você
aí, ‘perfeito’, mas cansado demais para ir na padaria a pé!”, dizem apontando o
dedo na sua cara.
Assim usaram o ciclista Lance Armstrong como exemplo em
varias palestras motivacionais. “Ele venceu um câncer!”, disseram para que você
aceite seu salário de merda e sorria quando a fatura do IPTU chegar no começo
do ano.
Um psicopata competitivo faz tudo pela vitória, até se
entupir de drogas performáticas, como revelou Armstrong, chocando o mundo e
transformando-se em vilão da noite para o dia.
Agora temos o judoca Aurélio Miguel na berlinda. Lembro, em
1988, que o atleta levou uma fita do hino nacional brasileiro, já sabendo que
os organizadores das competições de judô não teriam a música para tocar, devido
o baixo aproveitamento de nossos atletas na modalidade.
Usaram a música que ele trouxe, pois o cara, no auge da
forma, colocou o Brasil no topo, levando a medalha de ouro nas Olimpíadas de
Seul. Foi uma febre geral depois disso.
As escolas de Judô lotaram e hoje temos varias medalhas em competições
internacionais.
Salve Aurélio Miguel atleta, mas este se aposentou e
resolveu entrar na política, como vereador pelo PR na capital paulista. Aí a
cagada foi feita. O herói está sendo investigado por corrupção e há fortes
indícios que o compromete.
“Morrer herói ou viver o suficiente para ver você mesmo
virar vilão”, disse o saudoso Batman e faço minhas suas palavras.
Ah, se um dia eu virar herói (o que acho bem difícil), me
matem no auge!
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